terça-feira, 1 de maio de 2012

Paraísos Artificiais: filme mergulha no mundo das raves.

Paraísos Artificiais: filme mergulha no mundo das raves, que estreia sexta, mostra o comportamento da juventude e como ela encara temas como sexo e uso de drogas.
O cinema brasileiro pensado para o grande público ganha força esta semana com a estreia de um drama romântico de temática jovem: o filme Paraísos Artificiais, que mergulha na atmosfera das festas eletrônicas e discute a relação juventude e prazer. Para abordar esse universo, o trabalho investe em muitas cenas de sexo, nudez e mostra, sem disfarces, o consumo das drogas sintéticas pela juventude frequentadora de raves. Dirigido pelo carioca Marcos Prado, 50 anos, o longa-metragem estreia sexta em mais de 230 salas de cinema de todo o país. Prado se tornou conhecido em 2005, pela direção do documentário Estamira, que recebeu mais de 30 prêmios em festivais de cinema pelo mundo. Sem perder o olhar de documentarista, Prado consegue neutralizar o discurso do filme ao tocar em temas atuais e polêmicos, escapando de uma visão moralista ao mesmo tempo em que não faz apologia ao consumo de drogas. “Eu queria entender, sem fazer nenhum julgamento, o envolvimento dos jovens com o mundo das drogas sintéticas”, explica Prado.
Ambientado nos anos 2000 e rodado no Rio de Janeiro, no litoral de Pernambuco, e em Amsterdã, na Holanda, Paraísos Artificiais narra a história de amor vivida entre um frequentador de raves, vivido pelo ator Luca Bianchi, 33, e uma famosa DJ, interpretada por Nathalia Dill, 26, atriz que tem se destacado por suas atuações na televisão. Pesquisa Com uma narrativa não-linear, o filme mostra três momentos da vida dos dois jovens. Eles convivem em um mundo onde as drogas sintéticas podem ser um atalho para o prazer, ao mesmo tempo que precisam encarar seus dramas familiares e aprender a superar os erros e as perdas. Para fugir dos estereótipos e se debruçar de maneira fiel no universo das raves, Prado se dedicou a uma intensa pesquisa sobre este mundo frequentado majoritariamente por jovens de idades próximas a do seu filho adolescente, hoje com 18 anos. “A ideia de fazer o filme nasceu de uma preocupação paterna minha. Meu filho tinha 15 anos na época e eu comecei a ver o aumento de casos em que jovens de classe média eram presos por se envolverem no tráfico de drogas sintéticas”, comenta.
Durante quatro anos, Marcos Prado pesquisou e elaborou o roteiro da produção, que foi feito em parceria com Pablo Padilla e Cristiano Gualda. O diretor fez entrevistas com sociólogos, conversou com usuários e traficantes e, no meio desse processo, encontrou o escritor mineiro Zuenir Ventura, que pesquisava o mesmo tema.

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